quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tricomoniase

A tricomoniase é uma infecção sexualmente transmissível causada por um organismo microscópico unicelular chamado Trichomonas Vaginalis (protozoário flagelado), que ataca sobretudo as mulheres.
Nos homens, este organismo afecta a uretra, a próstata e a bexiga, mas só ás vezes causa sintomas. Assim, o homem pode estar infectado e infectar os seus parceiros, sem no entanto, sentir qualquer sintoma que indique que este esta infectado.
Nas mulheres, a tricomoniase pode causar graves infecções vaginais e serias inflamações da uretra.
Em grávidas, estas infecções podem aumentar o risco de ruptura prematura das membranas, de parto pré-maturo e do nascimento do bebé com peso baixo.
A principal forma de transmissão do Trichomonas é através de relações sexuais desprotegidas (sem preservativo), com pessoas infectadas. No entanto, este protozoário também pode ser transmitido através de toalhas húmidas (principalmente em crianças e idosos, com reduzidas defesas imunitárias).
Os principais sintomas nas mulheres são: o aparecimento de uma secreção amarelo-esverdeada com cheiro forte; comichão ou dor vaginal; irritação e inflamação ao redor da vagina; dispareunia (dor vaginal durante as relações sexuais) e disúria (desconforto e ardor ao urinar). Nos homens, os sintomas quando existem são, normalmente: irritação do pénis; inflamação da glande e leve corrimento ou leve ardência após urinar ou ejacular, tornando-se bastante difícil eliminar secreções pelo orifício da uretra.
O diagnóstico deve ser realizado pelo médico, que examinará a bexiga ou a uretra para observar se há inflamação ou uma secreção anormal, nestes órgãos. É, muitas vezes também, realizado um exame pélvico. A tricomoniase pode ser diagnosticada pela detenção do parasita sob o microscópio (sendo positivo se o examinador visualizar as formas do Trichomonas) ou através da cultura em laboratório, que ficará disponível em 2 a 7 dias. As mulheres podem sempre realizar o teste do pH vaginal, que é um teste simples e rápido e que consiste em colocar em contacto com a parede vaginal, durante um minuto, uma fita de papel indicador de pH e depois observar os resultados, que se forem superiores a 4,5 sugerem tricomoniase. Contudo, deve-se ter muito cuidado ao colocar a fita em contacto com a parede vaginal para evitar que esta toque no colo do útero, pois o pH básico deste pode causar distorções na interpretação dos resultados.
O fármaco mais recomendado para o tratamento da tricomoniase é o Metronidazol oral ou em gel, sendo o oral mais eficaz (chega aos 95%). No entanto, fármacos como o Tinidazol e o Secnidazol são tambem, bastante receitados pelos médicos.
O metronidazol não deve ser tomado por grávidas durante o primeiro trimestre da gravidez, devendo estas optar por um medicamento alternativo ou retardar o tratamento até após o parto. Durante o tratamento com metronidazol não se deve tambem, beber álcool pois este fármaco em pessoas que ingerem álcool pode provocar câimbras, náuseas, vómitos, dores de cabeça e rubores faciais. O tratamento é eficaz quando realizado por ambos os membros do casal. Tal como outras infecções sexualmente transmissíveis, caso não seja tratada, a tricomoniase aumenta a probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar outras, com o vírus da Sida, o HIV.
Sempre que uma mulher tiver desconforto vaginal ou uma secreção vaginal anormal deve procurar, imediatamente, um ginecologista. Já para os homens, os urologistas são os médicos mais especializados em problemas relacionados com infecções sexualmente transmissíveis, devendo recorrer a estes sempre que apresentarem vermelhidão no pénis ou incomodo ao redor da uretra.
De entre as várias formas de prevenir esta infecção destacam-se: a abstinência sexual; ter relações sexuais somente com uma pessoa, de preferência não infectada e usar preservativo, continuamente, durante as relações sexuais.

4 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado pela descrição bem completa desta DST. Foi bastante útil.

Sergio

Anónimo disse...

Qual a chance de surgimento da Tricomoniase sem ser através do contato sexual? Por uso prolongado da calcinha, por exemplo?

http://medicinanaturalhomem.com/ProstatiteSintomasTratamentos1.htm disse...

Pelo que li não é provavel que a prostatite tenha influencia no contagio desta doença, ou que o contrario também seja possivel, esta doença causar prostatite ou cancro da prostata.

Anónimo disse...

Foi muito util mesmo.. VALEU..